No último domingo (03/03), nossa comunidade se uniu em uma iniciativa inspiradora: uma oficina para aprender a confeccionar armadilhas para o mosquito da dengue utilizando garrafas PET. Com o objetivo de combater ativamente a proliferação do Aedes aegypti no Verde, os participantes mergulharam em uma manhã produtiva e educativa.
A ação foi promovida pela moradora Kelli Costa com o apoio da Cooverde. Morando no condomínio há pouco mais de um ano, ela resolveu apresentar à comunidade o método desenvolvido por Maulori Cabral, professor da UFRJ, em parceria com outros biólogos.
A armadilha conhecida como Mosquiteca já é utilizada em diversos municípios do país, contribuindo para o controle e pesquisas sobre o mosquito e suas larvas, tornando-se uma aliada importante diante da crescente resistência dos mosquitos a pesticidas, como o fumacê.
“Ao transformar garrafas PET em instrumentos de combate à dengue, aprendemos um novo método de proteger nossas casas, ao mesmo tempo em que contribuímos para o meio ambiente através da reciclagem“, relata Olinda Bayma, cooperada ativa em diversas ações promovidas pelo condomínio.
Para Olinda, outro ponto a se destacar durante a oficina foi a atualização dos dados sobre o mosquito Aedes Aegypti, apresentados ao grupo por Kelli Costa, através de dados oficiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul.
Conforme dados disponibilizados no site do Ministério da Saúde, o mosquito tem em média 45 dias de vida, colocando até 450 ovos, mas nos primeiros 30 dias, ele perde as listras brancas, características básicas que nos possibilitam identificá-lo como Aedes Aegypti.
Outro dado que demonstra a importância de manter os cuidados contra a proliferação da dengue mesmo fora do período das chuvas é justamente a resistência desenvolvida pelos ovos do mosquito, que sobrevivem por até 400 dias sem água, pouco mais de um ano.
Com a chegada da época das chuvas, os ovos antigos eclodem junto aos novos, aumentando exponencialmente os casos de infecção. “Os ovos de uma fêmea já contaminada nascerão, aproximadamente, com 60% dos novos mosquitos portando o vírus da Dengue“, informa Kelli.
Para Ângelo Bonolo, a confecção da armadilha é simples e qualquer ajuda neste sentido é válida. “A atuação conjunta da comunidade é fundamental. Além das informações sobre o histórico do mosquito e sua propagação, que foram muito interessantes“.
Abaixo, confira todas as informações oficiais coletadas e fornecidas ao condomínio por Kelli Costa:
Como montar a sua armadilha:
Cartilha: Armadilha contra a Dengue (PDF)Como descartar a água: jogar água sanitária dentro da armadilha e deixar alguns minutos.
Saiba Mais Sobre a Dengue:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/dengue