Ações para ajudar na integração dos jovens dentro do condomínio foram tratadas durante a Roda de Conversa, no último domingo (10), promovida pelos moradores do Condomínio Verde e que também contou com a participação e apoio do Diretor, Oswaldo Napoleão.
O objetivo é abraçar a pluralidade desse público e realizar atividades que atendam todas personalidades e peculiaridades, afinal possuímos adolescentes mais introvertidos; recém chegados ao condomínio durante a pandemia; com transtorno do espectro autista, dentre tantas outras especificidades.
A morada Carol Leal foi uma das que abraçou esta ideia e esteve presente durante o encontro. Ela define como fundamental esse tipo de iniciativa, pois abre para o diálogo e tira da invisibilidade uma parcela de adolescentes e jovens que por razões diversas sentem algum tipo de dificuldade em interagir. “Seja pela falta de atividades de interesse comum ou pela necessidade de viabilização de mais espaços e momentos de convivência, o fato é que alguns jovens precisam de uma rede de apoio para se sentirem parte da comunidade. E este trabalho tem por objetivo construirmos juntos essa rede.”.
A ideia inicial era que apenas os pais e responsáveis participassem deste primeiro encontro, entretanto, alguns adolescentes estiveram presentes e compartilharam diferentes vivências, o que possibilitou um levantamento de ideias e de ações já existentes, tais como a “visita porta em porta” feita por alguns adolescentes, dentre outros aprendizados.
“A experiência evidenciou a importância do protagonismo dos adolescentes e jovens nas iniciativas, inclusive viabilizando a consulta e levantamento de demandas junto a eles. Vale ressaltar que a estruturação de um evento será sempre pautada pelo suporte e também responsabilidade dos adultos, uma vez que adolescentes e jovens estão em desenvolvimento”, enfatizou Carol.
“Muito importante esta iniciativa, pois além de manter jovens integrados, faz com que os pais estejam em sintonia”, assim definiu a moradora, Lailla Hubner. Segundo ela, é fundamental para a educação dos filhos saber com quem estão andando, quais atividades estão realizando e, com a interação entre os pais, isto acontecerá naturalmente. “Este encontro me ajudou a sair da bolha, entender que muitos jovens têm dificuldades sociais, muitos querem se integrar”, completou Lailla.
Lailla conta que seu filho tem 15 anos é autista e sente falta de socializar no local onde mora. “Ele não consegue sair sozinho para se apresentar e fazer amizades e ainda tem a barreira do autismo que o faz ter atitudes diferentes. Após este encontro, ele já conheceu outros adolescentes e ficou animado em fazer parte de grupos de amigos”, comemorou.
O maior ensinamento, segundo a moradora Daniela Rabello, também presente no encontro, é aprender a não “cancelar” os colegas e até mesmo os vizinhos. “Fiquei muito feliz em fazer parte de uma comunidade que se preocupa e tem um olhar diferenciado, tentando sempre dar a mão e apoio aos que precisam. Uma experiência muito boa. Vivenciar as situações passadas por outros nos faz botar a mão na consciência e repensar atitudes”, afirmou.
Para Oswaldo Napoleão a integração da comunidade é fundamental para a garantia do convívio sadio entre vizinhos, sempre com um olhar especial para os jovens que compõem uma parcela de grande importância da nossa comunidade.